A vida correu-me mansa neste tempo, foi-me mel igual a este chão que sagrado me persigno ao passar no deslizar dos passos cuidadosos e lhe peço perdão da ausência.
Tombam as águas, tempo delas. Lavo-me para aqui entrar puro e merecer o som do bandoneon, o perfume das rosas, as respostas ao que me fez falta durante as luas que vigiei pela janela enquanto me incomodava com o que fazia ao amor que sinto pela mulher que tenho em casa.
Uma branca, por favor.
Já ninguém reconhece Zilto, o homem que encarou Baron, tanguero maior de mil milongas.
Uma branca, por favor. E outra. Até que se tornem tantas que me afoguem o esquecer do que sou e renasça.
Mas Zilto. Claro.
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