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De todos Baron é o mais velho, o mais sábio, o mais suave dançarino. É também o homem mais temido da milonga.
Conta-se que num confronto com um inimigo por causa de um amor lhe poupou o rosto não o marcando. Mas passou-lhe a navalha fria nos tendões dos joelhos e o desgraçado, humilhado, nunca mais dançou.
Assim é Baron. Aquele que lhe agradar terá sempre a sua benção, mas que se encomende aos infernos se tiver de o ter na esquina, chapéu branco a sombrear os olhos cerrados. É também assim que desliza pelo salão, levando o par ao êxtase, a mulher ao beijo procurado. Mas Baron nunca beija, nunca.
Todos anseiam ser Baron. Um dia hei-de ser, hei-de molhar Adelia de desejo.
2 comentários:
A experiência do muito já vivido...
:)
Baron sabe muito!
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