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Não preciso de ser modesto ou humilde. Sou um dançarino de fazer parar os outros, atiçar-lhes as mulheres nos seus braços. Elas sabem que presas nos meus têm o pilar que as sustem no ar o ar, o ritmo, a boca entreaberta de sentirem apertadas sem a asfixia, todo o coração que se deve entregar no tango.
Sabem que lhes cuido o corpo, que as alindo ao poisá-las sobre a perna confiante que as desliza até ao chão sem a dor da queda ou o desprezo de serem apenas mais uma.
O meu tango é isso, fazê-las a única mulher no mundo, a que realmente importa pelo tempo do bandoneon se esmagar suave nas mãos do tocador.
2 comentários:
o amor
Muitos tangos, muitas amendoas...
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